31.7.09

Não Compre, Plante!


Fazendo estardalhaço, é a periferia na telona, vai vendo... sem massagem, tudo nosso!

Yeah...

Positividade Sempre.


Valber Rude



30.7.09

De novo, tudo de novo!!!

Quem diria ... Já botamos o pé na estrada. Mais uma vez a mesma história ...
O Fórum foi
convidado a contar sobre a sua participação no processo de reconhecimento do 1º Quilombo Urbano do país, para uma comunidade que desperta para essa questão. Começam a discutir e a buscar as suas raízes, a sua história. Desejam saber mais!
Convidados, comparecemos. E já sugerimos, depois da conversa, que tal passar um filme? A comunidade não conta com nenhum equipamento de lazer, cultura ou esporte. Nem praça tem. E aí foi uma festa! O filme do Mestre Lua foi um sucesso. O nosso Cine Mais já foi inaugurado, da melhor forma e no melhor momento. Sempre despertando.... Valeu !

A Tia Anastácia continua revoltada!!

Cineforum - Cinerua
Fórum Pró Cidadania
Vou contar uma história...
uma história real
com pessoas reais
lutas e sonhos reais.

essa é a história de um encontro que foi um passo a frente – e com um passo a frente, não estamos mais no mesmo no lugar. Antes vocês precisam saber o caminho que nos fizeram dar esse passo. Com um projetor na mão e muitas idéias na cabeça, começaram as exibições do Cineclube Itinerrante, às margens do Rio Corrente, no Beco dos Aflitos, com a colaboração especial do Bar do Beco, em Santa Maria da Vitória. Um telão pendurado numa árvore com o rio e o entardecer ao fundo foi realmente inspirador... tanto que a itinerrância do cinema foi real. Andamos por bairros e veredas, ruas, praças, locais comunitários, campo e cidade. Pegando um telão emprestado aqui (ou um lençol branco), uma caixinha de som ali, divulgando na bicicleta ou no carro do som, vimos e debatemos filmes. No meio desse caminho, queimou o projetor, mas as idéias floresceram. Inscrevemos um projeto no edital cine mais cultura, no ministério da cultura, que foi um abre caminhos, mais um passo na busca da autonomia, porque pra nós a política deve libertar, não homogeneizar, não padronizar a diversidade cultural, e mesmo que tentem, vamos contra a corrente. E nesse caminho – pela terra e pelas águas – percebemos que tem mais gente dando um passo a frente ou nadando contra a corrente. No encontro de formação de cineclubistas, conhecemos pessoas com experiências reais. Foi muito importante saber que tem muito mais gente, cineclubes sertanejos, áridos, periféricos, ribeirinhos, que pela própria realidade precisam exibir filmes, criar alternativas e ambientes educativos (isso eu aprendi na oficina com um capoeira), combater o racismo, a homofobia, o sexismo, as desigualdades, nas manifestações mais cotidianas, quando o olhar do outro pesa sobre nós.

Thaís Brito
Cineclube Itinerrante
Oficina de Formação de Cineclubista
s

Salvador, Bahia, julho.09


Mais:
http://redeereal.blogspot.com/
http://www.flickr.com/photos/cineitinerrante
http://cineitinerrante.wikispaces.com/
http://thaisbrito.wikispaces.com/Rede+%C3%A9+Real

28.7.09

a revolta de Tia Anastácia

Poesia : a revolta de Tia Anastácia

Tia Anastácia estar revoltada
Tia Anastácia estar revoltada

Hoje eu tive com tia Anastácia

Ela me disse que estar muito revoltada

Porque o Sitio do Pica-Pau amarelo estar tirando ela como otária

ela faz os bolinhos e Dona Benta recebe a medalha

Tia Anastácia estar revoltada
Tia Anastácia estar revoltada

Farinha de trigo tem que ser tia Anastácia


Poesia : a revolta de Tia Anastácia
Autor : Giovane sobrevivente ( joca )
Coordenador do Movimento Negro Unificado –MNU-BA
Coordenador do grupo de teatro Choque Cultural
Tel 718808-4234 713389-7088
Isso é real

so falta os videos.

to dando um cara a nosso blog éreal. Almay

26.7.09

Tamos Juntos!


Descubro uma nova rede. Novos olhares, novas vozes, novas caras, novas causas. Estou no mundo da capoeira há quase 30 anos, convivendo com os mestres mais antigos. Cada encontro, uma lição. Agora, imagino talvez estar atingindo a adolescencia, no ambito da tradição. Percebo como foi rico ter estado com voces naqueles dias. Sinceramente, gosto de desafios e me sinto como um rio que percorre caminhos sinuosos, mas o seu destino é desaguar no mar. Não deve haver duvidas disso! Penso a partir de agora, em como fazer com que uma ação apoie a outra, levando mais cultura e arte para as pessoas que a mão do Estado não contempla. Kilombo Alto da Seria, reconhecido pelo Ministerio das Cidades. Tão perto do mar e dos luxuosos hoteis de Ondina e do Rio Vermelho e ao mesmo tempo tão longe do pleno exercicio da cidadania. Originariamente, a comunidade tinha como labor principal a pescaria. Hoje, bom, são outros tempos. Muita coisa mudou... E há problemas de desemprego e os jovens estão expostos à uma situação de risco, principalmente as meninas. O trabalho com a Capoeira Angola dá suporte à escola, ao mesmo tempo em que desenvolvemos atividades de escrita e leitura com as nossas crianças. Conto um pouco dessa historia para que voces formem uma ideia do que faço. Quem quiser saber um pouco mais sobre o trabalho do Grupo Nzinga de Capoeira Angola, pode visitar o http://www.nzinga.org.br/ ou ainda pode dar uma olhadinha no meu blog: http://www.polocapoeiras.blogspot.com/ . Sinto que aumentou a minha responsabilidade e não posso falhar. Tamo junto!

NÃO É FICÇÃO É REAL

A vida de homens, mulheres e crianças que vivem em comunidades sem direito a saúde, educação, emprego e moradia É REAL!
Não podemos ficar anestesiados para esta situação gravíssima, que é a violação dos direitos humanos.
O Brasil é um país que tem as suas bases construídas a partir de um modelo eurocêntrico, onde não reconhece as outras culturas, onde não respeitam as diversidades, e isso É REAL! Está presente no cotidiano das comunidades brasileiras. Um grande exemplo é no campo do audiovisual onde as comunidades testemunham as suas casas serem invadidas por programações:
Racista
Machista
Sexista
Homofóbica
ISTO É REAL!
Precisamos mudar essa realidade, que não podemos fazer qualquer tipo de arte sem antes fazer o estudo da geopolítica. A nossa luta é pela construção de uma diversidade plena. Para isso, é preciso construção de um novo estado, uma nova nação que transcenda a conjuntura, haja visto, que a conjuntura é um elemento obediente deste olhar hegemônico sobre as outras culturas. É preciso que estejamos muito atentos e atentas, para não estarmos reproduzindo a violência do olhar hegemônico.
Nenhum homem, nenhuma mulher pode ser parado por causa da cor da sua pele, pela sua expressão sexual, pela sua religião, etc.
Que sejam quebradas as correntes, temos que ser protagonistas do nosso instrumento de luta, sejamos disciplinados, mas não sejamos obedientes.

ÊEHEÁ
ÊEHEÁ

ÊEHEÁ